sábado, 28 de novembro de 2009
Posso?
é um delírio de // M α r i 2 afogaram seus delírios junto comigo
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O Fundo do Poço
Sozinha, eu deixei as lágrimas mergulharem no chão úmido.As lembraças fervilhavam em minha mente, quase vivas.As brigas por ele e o não repentino na minha cara.A solidão, a exclusão.A impressão de ter sido usada.
Ouvi um barulho, um rastejar.Me assustei: poderia ser uma cobra!Mas logo, o desespero deu lugar as duvidas.Aquilo não era uma cobra e sim uma corda.Para que uma corda?Ninguém sabia que eu estava no fundo do poço, sempre me fingi de feliz.Quem jogaria a corda?
Eu começei a ouvir vozes.Elas vinham lá de fora e diziam:
- Venha, Marina.Saia daí.
As vozes não eram estranhas.Eu não saberia identificar seus respectivos donos, mas eu conhecia elas.
Elas me pertubaram tanto, me atazanaram tanto que eu acabei cedendo e segurei a corda.
As vozes me puxaram para cima.Aos poucos, claro, a gente não sai tirando os outros do fundo do poço de uma hora para outra.As vozes cuidaram de mim.Me obrigaram a erguer a cabeça, a esquecer o passado, a viver e a sorrir.
As vozes, as estranhas e confiáveis vozes, fizeram curativos nas minhas velhas feridas e me empurraram para frente.
Então, você indagará:
- Mas como confiaste em vozes à esmo?
E eu direi:
- Aquelas não eram vozes à esmo.Naquela época, eu não saberia identifica-las, mas hoje sei claramente de quem são.
As vozes são dos meus amigos.
é um delírio de // M α r i 6 afogaram seus delírios junto comigo
Esse delírio é: Simplesmente veio na mente, Sobre mim.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Sobre mim
é um delírio de // M α r i 2 afogaram seus delírios junto comigo
Esse delírio é: Fases
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Eu mudei
Peguei todas aquelas risadas pelas costas, aqueles segredos vazados, os comentários idiotas, a inocência, o estudo e joguei em um velho baú.Com a chave, tranquei tudo lá dentro.
Olhei para aquele ser que eu fui e o transformei completamente.Moldei ele para ser diferente.
E eu mudei.Conheci a mentira, o errado e o proibido, a vontade de algo novo, novos amigos, outros olhares sobre mim.
Mas, as vezes, quando tudo parece perdido e eu me pergunto de alguém liga para mim, as antigas lembranças se agitam no baú.A chave, que não saí da fechadura, começa a girar.
O que eu faço?
Sento em cima do tampo do baú e penso em tudo o que me aconteceu depois da Grande Mudança.E as lembranças voltam a se aquietar, como se meus pensamentos fossem uma canção de ninar.
Sempre no fim, lembro que eu mudei.
é um delírio de // M α r i 6 afogaram seus delírios junto comigo
Esse delírio é: Fases